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COLUNISTA
Carlos Rizzo
17/04/2007 - 07h08
Fim do verão e o aquecimento em Ubatuba
 
 
 
H. Russo 
  Melanotrochilus fuscus.

Independente das indicações do calendário ou da Globo com suas efemérides, acompanho o início e o final do verão através das aves migratórias que passam por Ubatuba.

Ubatuba é privilegiada por estar justamente no Trópico de Capricórnio. Esta faixa latitudinal é caracterizada por temperaturas que atraem uma grande variedade de aves migratórias. No verão muitas delas vêm do norte para veranear por aqui e, quando chega o inverno, muitas aves vêm para se protegerem dos rigores do inverno do sul. O resultado é que temos em Ubatuba aves migratórias o ano inteiro, diferente das latitudes extremadas que vêem sumirem e reaparecerem suas espécies nativas.

Por oportunidade e facilidade, desde 2001, uso nas minhas anotações o deslocamento do beija-flor-preto-e-branco ou Melanotrochilus fuscus que este ano deixou Ubatuba dia 12 de abril. Em 2006 chegou mais cedo que 2005 e parte mais tarde em 2006 indicando que o calor que vivemos neste verão não foi nada normal.

Como não está sendo normal, também, o retorno das aves que fugiram do inverno europeu. Observadores espanhóis estão registrando que as aves estão antecipando o seu retorno por encontrarem condições agradáveis nos seus locais de origem e não suportarem mais o calor dos locais de refúgio.

As observações que tenho anotado não servem para um tratado científico sobre o aquecimento global. Para mim, são indicações de mudanças que estão ocorrendo e que assustam este reles mortal, e ainda, colocam a comunidade científica impotente diante das conseqüências.

Já caímos no abismo e os países estão se agarrando em tábuas de salvação que estão caindo também, enquanto não mudar a fórmula que em cem anos levou o planeta à destruição, o destino das gerações futuras não será nada agradável.

Estamos e continuaremos a viver, por alguns anos, num sistema falido que não permitirá a sobrevivência da raça humana nos padrões que conhecemos hoje.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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