23/11/2024  13h51
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
COLUNISTA
Carlos Rizzo
11/04/2007 - 05h31
A dita água dos beija-flores!
 
 
 
Claudia Komesu 
  Lophornis chabylea.

Há umas duas semanas atrás, o Fantástico abordou o tema dos beija-flores no quadro “É o bicho” e novamente, como não poderia deixar de ser, falou-se sobre o oferecimento de água açucarada para os nossos amiguinhos. Da maneira como foi editada e foi para o ar pareceu que o ornitólogo entrevistado condenava o uso das garrafinhas como suplemento alimentar.

Deu a maior confusão na comunidade dos ornitófilos, mas desta vez toda a gritaria foi produtiva e todo mundo saiu a procura de algum trabalho científico que desse base para este tipo de afirmação.

A questão é que não existe nenhum trabalho científico que tenha estudado e venha comprovar qualquer prejuízo no oferecimento de água açucarada aos beija-flores. O único estudo científico foi escrito por Augusto Ruschi e publicado no boletim nº 50 de janeiro de 1967 do Museu de Biologia Mello Leitão (ES) e refere-se ao estudo da alimentação dos beija-flores em cativeiro. Neste boletim o mel é 100% condenado e o açúcar de cana é aceitável quando respeitada a recomendação de troca diária da água e a limpeza e higienização das garrafinhas. Desde de lá não existe mais nenhum estudo sobre o assunto e note-se que o estudo é sobre beija-flores em cativeiro.

Com relação às aves livres na natureza, como conhecemos e como queremos ver acontecendo, não existe qualquer estudo sobre o assunto o que só reforça que, diante do desconhecimento, o mínimo que podemos fazer é oferecer a água e cuidar da higienização dos recipientes utilizados.

Nesta discussão temos um agravante que é o interesse comercial dos fabricantes de “néctar para beija-flores” a eles e, só a eles pode interessar a continuidade da falsa informação sobre a mortandade dos beija-flores. À nós, cabe oferecer a água em local sombreado e seguro de predadores e observar que, a despeito dos boatos, os fregueses da água açucarada aumentam a cada dia que passa.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
ÚLTIMAS DA COLUNA "CARLOS RIZZO"Índice da coluna "Carlos Rizzo"
12/01/2009 - 11h01 Curso de observação de aves a distância
10/01/2009 - 08h14 Ainda 2008
29/12/2008 - 14h17 Aves de Ubatuba em destaque
27/12/2008 - 09h27 Lançamento de mini-guia das aves
25/12/2008 - 09h00 Do gugu-dada a Pavarotti
23/12/2008 - 14h37 Cadê a vaca?
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.