O Gabão poderá vir a ser um parceiro estratégico para o Brasil na definição da política externa do Governo Lula para o continente africano. É com esta visão que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará no próximo dia 27 na capital daquele país, Libreville, para reuniões com o presidente El Hadj Omar Bongo. O diretor do Departamento da África do Itamaraty, embaixador Pedro Motta Pinto Coelho, ressalta que o Gabão é "uma plataforma importante dentro da prioridade que o governo brasileiro estabeleceu com a África". No dia 25, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia uma viagem de cinco dias aos países africanos São Thomé e Príncipe, Gabão e Cabo Verde. Na segunda escala desta viagem, no Gabão, Lula assinará dois acordos importantes. O primeiro, de cooperação política, prevê o acompanhamento da situação dos países da África Central e Ocidental. Outro, de caráter econômico, vai tratar da ampliação dos trabalhos da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) na exploração de manganês naquele país. "Nós queremos transformar o Gabão num dos maiores, quem sabe o maior, produtores de manganês do mundo", explicou o embaixador Pedro Motta Pinto Coelho. A partir do Gabão, o Brasil pode ampliar seu mercado com toda África Central, disse o embaixador. O embaixador lembrou que esta parte da África envolve cerca de 120 milhões de pessoas. E dentro desta política, Pedro Motta Pinto Coelho ressalta a decisão do governo brasileiro de reabrir sua embaixada na Etiópia. Na visita ao Gabão, o presidente Lula assinará atos de cooperação bilateral na área de saúde (combate a malária) e agrícola. No dia 27, 15 empresários brasileiros representando 38 empresas participarão de um seminário com empresários locais para conhecer melhor as oportunidades de comércio com o país. Estarão em Libreville representantes brasileiros de empresas de alimentação, construção civil e saúde.
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