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Turismo e Viagem
02/03/2007 - 07h29
A “industrialização” do núcleo turístico
Otavio Demasi
 

A atividade turística deve ser entendida como uma linha de produção, onde a qualidade, criatividade, preço, diversidade, são atributos que irão convencer nossos consumidores. Precisamos dosar a quantidade de oferta à quantidade de demanda, a qualidade da demanda à qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Precisamos para vender essa produção “industrial”, conservar nosso meio ambiente, as tradições, a cultura, a gastronomia e tudo que é diferencial. Precisamos ainda para implementar tais vendas de levantamentos diversos, pesquisas de opinião, dados econômicos. Só aí é que vamos nos lançar ao mercado para vender e receber tais compradores, chamados de turistas.

Sendo uma engrenagem; a sobrevivência e até o desenvolvimento dos negócios depende do esforço individual e coletivo, da comunidade, da legislação, da infra-estrutura urbana, da estrutura de apoio; enfim precisamos ter um Receptivo que funcione bem às 24 horas dos 365 dias do ano e se for bissexto, 366, e que preencha as necessidades, gostos, vontades, anseios da nossa clientela eleita, para que ela gaste o máximo que possa gastar e fique satisfeitíssima em ter gasto.

O que é o Receptivo? É um time, uma equipe. Não tem dono – têm participantes, parceiros, apoiadores. Tem objetivos, metas, passa por reciclagem, se adapta, é um processo dinâmico, ágil e primordialmente coletivo, quase diria que é a essência prática e democrática do socialismo, ou como queiram outros – o célebre um por todos, todos por um.

Conscientização, sensibilização, mão-de-obra, sinalização turística, roteiros, legislação fomentadora, alojamentos hoteleiro e extra-hoteleiros, infra-estrutura, estrutura urbana e receptiva, criatividade, aspectos diferenciais, calendário de eventos, gastronomia, transportes em geral, religião, folclore, entretenimento, recreação, passatempo, lazer, vida noturna, compras, esportes, espaço rural, artesanato, atrativos: paisagísticos, históricos, monumentais, arqueológicos, ambientais, geográficos, equipamentos para eventos, cultura, podendo até aproveitar os modismos.

Toda pessoa que vem gastar em nosso núcleo, cria o chamado efeito multiplicador na economia – é dinheiro de fora entrando – portanto todos são bem-vindos independente de onde vierem e quanto tempo ficarem. Nosso receptivo pode e deve contemplar todo tipo de demanda, desde que traga lucro, preservando sempre os nossos aspectos diferenciais, pois eles são a “galinha dos ovos de ouro”.


Nota do Editor: Otavio Demasi (odtur@ig.com.br) é Jornalista e Consultor em Turismo.

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