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As mulheres homossexuais, presentes na 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, esperam ver suas reivindicações incluídas nas políticas públicas, mas afirmam que a postura do governo ainda é "tímida". "Eu tenho visto que, em relação ao governo, a timidez ainda é muita", afirma a coordenadora da Liga Brasileira de Lésbicas, Carmem Lúcia Luiz, sobre a atuação do governo na promoção da igualdade e inclusão social. Carmem Lúcia, no entanto, disse acreditar que algumas das principais reivindicações das mulheres homossexuais estarão no documento final da conferência. "Eu acho que por conta do trabalho de articulação com a sociedade civil, a gente vai acabar impondo ao governo algumas das nossas necessidades, alguns dos nossos desejos", afirmou. Entre as reivindicações desse grupo, Carmem Lúcia destacou a necessidade de universalização dos direitos constitucionais, em relação, principalmente à união estável e a um novo conceito de família. Sobre educação, essas mulheres alertam para a necessidade de políticas educacionais que garantam que o ensino não seja discriminatório nem sexista. Outro ponto fundamental é a mudança na atenção à saúde das mulheres lésbicas e bissexuais. "Os profissionais da saúde não têm essa preocupação com a orientação sexual e nos atendem dentro da visão heterossexual", disse Carmem Lúcia. "Nós não queremos contraceptivos, nós queremos fertilização assistida", exemplificou.
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