Afinal, quanto o Brasil perde com a demora na aprovação das variedades agrícolas geneticamente modificadas nos últimos anos? Esta pergunta finalmente deve ser respondida no levantamento inédito "Benefícios econômicos e ambientais da biotecnologia no Brasil", encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) e desenvolvido pela consultoria Céleres. Os resultados preliminares do trabalho serão apresentados na próxima segunda-feira, no estande da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), no Show Rural Coopavel, feira de agronegócios que acontece até o dia 9 de fevereiro, em Cascavel (PR). Ao analisar as conseqüências do atraso na adoção dos transgênicos e os impactos causados na economia nacional, o estudo também contempla as vantagens que a biotecnologia traria ao País - sob o ponto de vista socioeconômico e ambiental - e como esta ciência pode influenciar as metas de desenvolvimento sustentável, bem como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado recentemente pelo Governo Federal. Há também uma avaliação dos potenciais benefícios dos transgênicos já aprovados e das perspectivas para novas culturas geneticamente modificadas, como o algodão, o milho e a cana-de-açúcar. "O objetivo é enfatizar que a Biotecnologia pode contribuir fortemente para que alcancemos o crescimento econômico de 5% tão almejado e aguardado", avalia Alda Lerayer, Diretora-Executiva do CIB. "Portanto, em primeiro lugar, é fundamental que não tenhamos mais de observar, por exemplo, os entraves burocráticos e ideológicos que emperram o avanço desta ciência no Brasil", diz. CIB O Conselho de Informações Sobre Biotecnologia (CIB) é uma organização não-governamental, cujo objetivo básico é divulgar informações técnico-científicas sobre biotecnologia e seus benefícios, aumentando a familiaridade de todos os setores da sociedade com o tema. Para estabelecer-se como fonte segura de informações para jornalistas, pesquisadores, empresas e instituições interessadas em biotecnologia, o CIB dispõe de um grupo de conselheiros formado por mais de 70 especialistas - cientistas e profissionais liberais, em sua maioria - ligados a instituições que estudam as diferentes áreas dessa ciência.
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