Sabemos quanto é imenso nosso litoral; quanto é importante ao turismo e quanto é diversificada e complexa o seu gerenciamento. Precisamos do maior número de estudos, projetos e ações contínuas que dêem às áreas costeiras do Brasil, um gerenciamento eficaz que caminhe no sentido da preservação desse bem, que se mensurado em reais é incalculável. Sabendo que o assunto não se esgota neste artigo, elenco alguns dos tópicos e itens que cabem num gerenciamento desse porte: - Ações interdisciplinares: biologia, geologia, geomorfologia, geografia, sociologia, economia, turismologia, estudos de impactos; - Meio-ambiente: exploração de recurso não renovável, degradação ambiental, poluição, qualidade de vida; - Desenvolvimento sustentável versus desenvolvimento espontâneo (qualidade de vida); conservação dos ecossistemas e recursos naturais e respeito às tradições culturais, parâmetros de vida e composição étnica, comunidades litorâneas; - Planejamento e gerenciamento geo-ambiental; - Legislação: interesse local, competências, estímulos, zoneamento; - Turismo náutico: barcos, lanchas, escunas, veleiros, mergulho, pesca costeira, pesca oceânica, surf, wind-surf, bad-board, esqui aquático, pranchas; eco-turismo: trilhas; equipamentos para lazer e recreação: marina, plataforma de pesca, aquário, museu, passeio marítimo, excursões guiadas, cruzeiro; outros equipamentos: porto, balsa; estrada lindeira; aeroporto; terminal de carga; indústria pesqueira; centro de convenções; estação metereológica; áreas de proteção ambiental; reserva municipal, estadual, federal, particular; torre de televisão e de celular; eventos: mergulho, vela, canoagem, museologia marinha; caiaque negócios diversos: confecções de camisetas, bonés, alimentos e bebidas típicas, artesanato; fazendas marinhas; toalhas de banho; moda praia; confecção de guias, cartões postais; consertos de embarcações; criação de animais silvestres em cativeiro; exploração de água natural e medicinal; medicina: talossoterapia (aproveitamento da água do mar para fim terapêutico), argilas e lamas medicinais, balneoterapia (reabilitação motora); gerenciamento de ilhas; infra-estrutura; alojamentos: pousadas, camping, colônia de férias; obras: saneamento; emissário submarino; posto de salvamento de bombeiros. É evidente que cabe aqui ações integradas unindo o governo federal, dos estados e municípios banhados pelo Oceano Atlântico, entidades tanto de cunho nacional quanto internacional, associações, especialistas, comunidades, para que em conjunto e com metodologia e constância, possamos extrair o melhor do nosso litoral, seja para o turismo nacional quanto internacional. Nota do Editor: Otavio Demasi (odtur@ig.com.br) é Jornalista e Consultor em Turismo.
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