Luiz Moura

A avenida Iperoig foi, por muito tempo, extensão do quintal de minha casa. Nasci ali perto. Acompanho, há muito, a ânsia dos políticos de, em sucessivas “reurbanizações”, nela “imprimirem suas marcas”. Querem porque querem deixar seus nomes na orla da praia do Cruzeiro (praia de Iperoig), como se fossem Anchieta escrevendo na areia da praia, mas o resultado “dos trabalhos”, normalmente, lembra animais demarcando território.

Atualmente, Eduardo César (?), gestor maior da administração do “desgaste” vem obrando, digo, demarcando, digo, (re)reurbanizando o local. Há muitas dúvidas quanto a qualidade do que está sendo executado.

No final da tarde de quinta-feira (23) fui, com o jornalista Sidney Borges e o vereador Charles Medeiros, verificar o andamento do projeto que tem como data de conclusão o dia 25/11/2006 (hoje). Após caminharmos por toda a extensão da avenida Iperoig e constatarmos o andamento das obras, concluímos que seria impossível o término das mesmas no prazo contratado.

Nossa reunião não poderia terminar assim, de modo tão simples. Quando acompanhávamos Medeiros até a Câmara Municipal deparamos com algumas pessoas conhecidas. Dentre elas destacava-se Rafael Ricardi Irineu (à direita, na foto acima), secretário municipal de Arquitetura e Planejamento Urbano. Borges não perdeu a oportunidade e questionou o secretário sobre o estrangulamento da seção do condutor de águas pluviais que estão construindo no local.

Irineu alegou a inexistência de problemas, aventando o princípio dos “vasos comunicantes”. Ao escutar tal asneira, saí de perto. O secretário, de competência duvidosa, desconhecendo a formação de Borges, não conseguiu sustentar a babaquice. Em seu carro, entrou na contramão e escafedeu-se.

...e por aí vão Eduardo César e sua “equipe”. Na contramão da história.