A vice-ministra das Relações Exteriores do Panamá, Nívia Rossana Castrellón, chega a Brasília nesta terça-feira para pedir ao governo brasileiro apoio para que o país seja eleito sede administrativa da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). De acordo com a Embaixada do Panamá no Brasil, o governo panamenho está buscando o apoio de todos os países do Hemisfério Ocidental, porque a decisão tem de ser tomada em consenso. As negociações para a criação de uma zona de livre comércio no continente devem ser concluídas até o final deste ano, mas a falta de propostas comuns tem dificultado as negociações entre países em desenvolvimento e países ricos. A Cidade do Panamá compete na eleição para sede administrativa da Alca com candidatas como Miami, Chicago e Atlanta, nos Estados Unidos; Puebla, no México; e Porto Espanha, em Trinidad e Tobago. A eleição deve acontecer no segundo semestre deste ano. Em entrevista à Agência Reuters, a vice-ministra Nívia Rossana Castrellón afirmou que a proposta apresentada ao governo brasileiro vai enfatizar a boa infra-estrutura da cidade e seu caráter "neutro", já que o Panamá não pertence a nenhum bloco econômico. Segundo ela, o Panamá poderá converter-se na Bruxelas da Alca, um lugar neutro dentro da União Européia. Nesta terça pela manhã, a vice-chanceler do Panamá tem encontro em Brasília com o chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, para tratar do assunto. À tarde, encontra-se com o senador Eduardo Suplicy, no Senado Federal, e com o ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, no Itamaraty.
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