Divulgação      Página de resultado de uma pesquisa no Geobusca.

Depois de dois anos, desde as primeiras idéias, solucionados todos os entraves técnicos foi colocado no ar o primeiro site puramente geoespacial para usuários de GPS, o www.geobusca.net.

Além disso, é o primeiro site que permite a conexão direta do aparelho de GPS com a Internet, tanto para enviar como para receber waypoints, trilhas e rotas.

O GeoBusca é inédito na Internet mundial por integrar vários aspectos que até agora foram deixados de lado ou entregues para sites de terceiros, como a geração de mapas de satélite e a busca baseada em polígonos. Para se ter uma idéia de sites com uma missão parecida com a do GeoBusca, veja www.waypoint.org e www.wayhoo.com.

O GeoBusca foi feito para ser um grande repositório público de troca de informações georeferenciadas entre usuários de GPS de navegação, geralmente aventureiros, ecoturistas e também pesquisadores, proprietários de embarcações e aeronaves.

É uma boa base de informações, com cidades, vilas, povoados, praias, acidentes geográficos, limites políticos, parques nacionais, APAs, regiões turísticas e terras indígenas. Tudo plotado sobre mapas de satélite de cobertura mundial e em várias resoluções.

Mas é muito importante entender que o GeoBusca não é uma base de dados apenas para busca. Seus usuários são incentivados a fazerem colaborações. É aí que está a riqueza do site. Cada waypoint, trilha ou rota colaborados pode conter um relato da viagem ou do lugar, além de fotos e outros atributos. Fotógrafos, por exemplo, podem registrar o local exato de suas fotos, para que outras pessoas possam desfrutar da mesma vista, tanto agora como muitos anos depois.

Uma vez que a base de consulta contém informações testemunhais dos usuários, em termos de turismo o GeoBusca pode se destacar pela sua riqueza, franqueza e objetividade, ao conter locais inéditos ou de difícil acesso.

Enviar dados do GPS para o GeoBusca é também uma forma de mantê-los em local seguro, pois o sistema guarda tudo o que o usuário colaborou ou buscou, permitindo que ele devolva ao GPS tudo o que ele já tenha previamente enviado.

Além de aparelhos de GPS, o GeoBusca é compatível com o formato de arquivo GTM, do programa GPS TrackMaker, que é praticamente um standard de fato no país, por ser de alto nível e gratuito.

Como o GeoBusca é dedicado a quem gosta de viajar, seu foco é eminentemente rural. Busca por endereços e mapas de ruas não são o seu forte.

Foi exatamente a necessidade de se obter waypoints de regiões para onde eu pretendia viajar que motivou a pesquisa pela Internet por sites que oferecessem uma base de dados em que se pudesse especificar um destino e escolher o que se quer dentro dele.

Visto que nada existia nesta área (e ainda não existe nada como o GeoBusca - tente achar um) foi iniciado o desenvolvimento do projeto. No começo não existia a noção de que a base de dados deveria ser geoespacial e não apenas puramente textual, isentando o usuário de informar qual o município, estado e país do ponto que ele estava colaborando. Só depois é que foi percebido que um viajante no meio do nada não tem como saber se ele está numa ou outra região política. Mas o Geobusca sabe.

Por meio de inferência geoespacial nos polígonos das hierarquias políticas, é deduzido onde o ponto se encontra. Tanto é que a busca, embora textual, informa corretamente a árvore política de qualquer lugar.

Sempre que o usuário seleciona um ponto, além do mapa e informações gerais, o Geobusca permite que se descubra o contexto em que a coordenada se encontra, como por exemplo, se ele está dentro de uma região ambiental, uma área de proteção ambiental, parque nacional, terra indígena, constituição do solo e mesmo folha cartográfica do IBGE.

Se o usuário seleciona uma região, o Geobusca oferece que se faça uma verdadeira pesquisa geoespacial dentro daquela área, informando tudo que se encontra dentro dela ou que passa por ali. O Geobusca foi concebido desde o início para ser livre e gratuito. Basta um simples cadastro e fazer login para se ter acesso completo. Se a intenção for apenas fazer buscas, nem isto é necessário.

No Geobusca, tudo que é colaborado torna-se público. Não existem áreas privativas do usuário (pelo menos nesta versão). Eventualmente poderão ser cobrados acessos para usuários que queiram ter uma área de dados privativa, fazer múltiplos backups de seus GPSs, visualizar mapas com mais detalhe e controle de layers.

O modelo de negócio do Geobusca na Internet é o provimento de serviços em troca das colaborações dos seus usuários, com vistas à formação de uma base de dados única, participativa, respeitável e aberta. A ausência de conteúdo comercial em suas páginas indica que a melhor maneira de alguém fazer divulgação do seu negócio no Geobusca (como uma pousada, um restaurante ou uma empresa de ecoturismo) é enviar colaborações que mostrem os seus locais de atuação, contanto que todos tenham latitude e longitude.

Já no lado empresarial, toda a tecnologia do Geobusca pode ser contratada para uso corporativo, governamental ou em ONGs. O arquivo com as colaborações de usuários da Internet não está à venda, mas a infra-estrutura do banco de dados geoespacial, servidor de aplicações e a base de dados de mapas podem ser adaptadas para servir a diversas aplicações internas.