Dimitri Matoszko | |
Há uns dois meses atrás, foi a primeira vez que constatei estes visitantes, foi logo pela manhã ao sair para o trabalho. Eles estavam num bando empoleirados numa árvore no meio do pasto. Tranqüilamente havia uns quinze indivíduos que pareceu transformar Ubatuba em uma paisagem típica do pantanal. Depois, para o meu sossego, o Hugo Gallo me confirmou a passagem deles por aqui. A Soraya Pieroni avistou no Perequê-Açú. Daí surgiu a minha gambiarra fotográfica, ela me permite o registro, mas um dia ainda vai me dar o título de pior fotografo da Internet. Tentei fotografar, sem sucesso, umas quatro ou cinco vezes. Sorte de vocês que eu não tenha avistado o colhereiro por aí. O Dimitri sai pela manhã da Itamambuca para fotografar e por fim em nossas discussões sobre uma outra espécie que está nos intrigando e, de repente, dá com esta maravilha. Sorte que ele estava preparado e pode fotografar com categoria e nos brindar com este lindo registro. Os colhereiros não são comuns em Ubatuba e não podemos dizer que estejam só de passagem, talvez tenha acontecido qualquer alteração no ambiente em que estavam e isto tem trazido essa espécie para a nossa região. Este é um macho juvenil em núpcias, esta é a razão de tanto garbo e colorido na plumagem. Colhereiro-americano - Ajaia ajaja. No último Congresso de Ornitologia seu nome científico mudou para Platalea ajaja. É o que está valendo.
Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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