Carlos Rizzo      Árvore no Rancho do Pica-pau, na Casanga, com muitos ninhos de guachos.

Chuvas constantes, umidade relativa do ar em torno dos 90%, temperaturas agradáveis tornam-se elementos que favorecem a exuberância da Mata Atlântica que vemos todos os dias. Nesta época do ano, época de nidificação das aves, árvores deste tipo (foto ao lado) tornam-se verdadeiras maternidades. Esta, localizada no Rancho do Pica-pau na Casanga, chama a atenção pelos ninhos de guachos.

Todos os anos perto de dez casais de guachos fazem seus ninhos nesta árvore. Olhando com mais atenção constatei três ninhos de bentevis, dois ninhos de viuvinhas, dois ninhos de suiriris, um de tesourinha e o que mais me chamou a atenção um ninho do beija-flor rajado.

A quantidade de insetos torna esta árvore passagem obrigatória do pica-pau-velho, da saíra-sete-cores, da saíra-militar, dos tiés-sangue, tico-tico e bico-pimenta, curruíras e garrinchas.

Mesmo árvores exóticas quando tomadas por bromélias, caraguás, fungos e musgos típicos tornam-se igualmente maternidades e praças de alimentação de diversas espécies nativas, levando-nos a repensar o que seria exótico neste clima tão fértil.

Guacho – Cacicus haemorrhous / bentevi – Pitangus sulphuratus / viuvinha – Colônia colonus / suiriri – Tyrannus melancholicus / tesourinha – Tyrannus savana / beija-flor-rajado – Ramphodon naevius / pica-pau-velho – Melanerpes flavescens / saíra-sete-cores – Tangará seledon / saíra-militar – Tangará cyanocephala / tié-sangue – Ramphocelus bresilius / tico-tico – Zonotrichia capensis / bico-pimenta – Pitylus fuliginosus / curruíra – Troglodytes aedon / garrincha – Thryothorus longirostris.