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COLUNISTA
Carlos Rizzo
31/08/2006 - 05h26
Orfãos de Plutão
 
 

O recente rebaixamento de Plutão para planeta-anão causou um certo reboliço na cabeça de algumas pessoas. Sempre me lembro de uma analogia que coloca os astrônomos como simples medidores do universo. Cabe a eles exatamente o que fizeram com Plutão, as medidas não se enquadram, melhor rebaixar.

Para mim eles simplesmente trocaram o título do livro, o conteúdo continuará exatamente igual. Plutão é um pequeno corpo celeste com uma enorme força gravitacional capaz de acelerar ou frear Netuno na intersecção das suas órbitas (algumas centenas de vezes maior) para lhe dar passagem. Não será um congresso terráqueo que irá lhe impor alterações.

A melhor representação do poder de Plutão são os computadores. Nada do que vemos no monitor representa com fidelidade toda a força e energia que está a disposição para o seu perfeito funcionamento.

Plutão foi descoberto através de cálculos em 1930 por Percival Lowell, na mesma época do surgimento das primeiras máquinas pensantes.

Outra influência que demonstra o seu poder é a energia atômica. O poder destrutivo contido numa bomba do tamanho de uma laranja não encontra paralelo, por falta de espaço, com uma de TNT.

O grande legado de Plutão está justamente nestas analogias. Ele demonstra com toda a sua pequenez que não é no tamanho e na aparência que está o seu poder.

Esta conturbação social que vivemos atualmente é outra influência de Plutão. O Estado com todo o seu tamanho jamais conseguiria esvaziar e paralisar a cidade de São Paulo como aconteceu nos ataques criminosos de maio passado.

Não se enganem com o sentimento de orfandade a lhes livrar das influências plutonianas. Plutão continuará a aceitar que se esconda toda sujeira debaixo do seu tapete e num inesperado momento jogará tudo pelos ares, como sempre fez e continuará a fazer.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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