Pai: s.m. genitor, gerador, protetor, fundador, autor, instituidor, cacique, pessoa que tem mulher e filhos (segundo o dicionário Silveira Bueno). Pai. Uma palavra tão pequena e com sentido tão profundo. Palavra que quando pronunciada pela primeira vez por uma criança, já vem cheia de significados e promove algazarra no coração de muitos homens. No passado, o pai foi temido pelos seus filhos. Na educação daquela época, pai era alguém que aparecia somente à noite e que a gente morria de medo da mãe contar as nossas traquinagens. Mudam-se os tempos... Mudam-se os conceitos e a educação se aprimora. O pai também mudou. Claro que alguns ainda permanecem naquele modelo antigo e pouco acessível. Mas os homens-pais, sabidos e cada vez mais participativos da vida da família, estão pouco a pouco descobrindo o seu papel na sociedade moderna. O pai na modernidade não se intimida diante de uma mamadeira ou uma fralda suja. Nem teme perder a autoridade ao rolar no chão da sala com a molecada. E também tira de letra as disputas pelo vídeo-game, ora se gabando por ganhar dos filhos, ora se gabando pelos filhos já ganharem dele. O pai de agora se permite viver os momentos e os encantos que, em outra época, somente as mães desfrutavam: buscar crianças no colégio, ir as reuniões da escola, levar ao pediatra, fazer compras, opinar no corte de cabelo e outras coisinhas desse universo chamado família. Os pais são tão participativos na atualidade, que muitas vezes após a separação do casal, são eles que ficam com a guarda das crianças ou requerem a guarda compartilhada. Cada novo pai escreve, com sua história, a sociedade atual, onde os papéis não são mais rígidos e onde a valorização do ser humano é cada vez maior. Os pais querem ser mais que genitores ou provedores. Pai moderno é assim: uma pessoa que aparece na rotina dos filhos, pela manhã, a tarde e - para não perder o costume -, a noitinha. E olha que os homens evoluíram tanto nos seus papéis, que tem filho que morre de medo que o pai conte as suas traquinagens para a mãe durante o jantar! Nota do Editor: Rita Calegari, chefe do Setor de Psicologia do Hospital e Maternidade São Camilo.
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