Luiz Moura

Enquanto a população reivindica o espaço público, que Eduardo César (?), em pagamento a uma dívida de campanha, quer outorgar para a "feira de produtos afins" (ao mesmo tempo em que aproveita para "dar um jeito" no Cruzeiro existente na praia de Iperoig), o bancário petista faz mais uma das suas. Sorrateiramente, burlando a legislação (e a fiscalização), ele faveliza o entorno do Sobradão do Porto. Após disponibilizar para uso a parte superior do prédio, com riscos para usuários e para o próprio municipal, Martiniano Nelson Viana, diretor-presidente da Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), impingido por Eduardo César goela abaixo da população ubatubense, descaracteriza área tombada pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo).

O exíguo tempo que o município tem para elaborar seu Plano Diretor torna imperiosa a participação de peritos para que os defeitos em sua elaboração sejam minimizados. Digo minimizados pois, com o tempo que dispõe, tenho dúvidas quanto ao resultado que será alcançado com a sua consecução. A tradução dos anseios da comunidade ubatubense no documento denominado "Plano Diretor" deverá ser feita por pessoas com capacidade, honestidade e respeito pela população. Afinal, é ela (a população) que define os destinos do município.

Será que um indivíduo que até agora não reuniu o Conselho Deliberativo da Fundart para juntos esquematizarem a participação da população na definição das diretrizes culturais que devem nortear Ubatuba é o que Eduardo César nos destina? O respeito (materializado na foto acima) com que o bancário petista trata os dispositivos legais faz com que eu imagine a forma democrática de participação popular que defenderá. No mínimo, parecerá com a que o seu ídolo, "dono" da ilha cárcere, impõe a população que lá habita.

"Como nunca antes", em Ubatuba, vemos que a propriedade de "botecos culturais" (?) é pré-requisito para a ocupação de cargos de gestão relacionados com a cultura.

Estamos "ferrados"!