Não vamos fazer distinção, todo aquele que gera empregos em Ubatuba, independente da área de atuação sofre com o mesmo problema; a sazonalidade. A sazonalidade que por alguns anos foi solução para muitos, hoje é o problema de todos nós.

A maioria dos empreendimentos sofre com a baixa temporada, o que torna a necessidade de uma temporada de verão produtiva o suficiente para garantir no resto do ano a sobrevivência da empresa e a manutenção dos empregos gerados.

Quando investimos em Ubatuba fizemos a nossa parte no desenvolvimento e progresso da nossa cidade e, a contrapartida que deveria vir dos poderes públicos não tem sido cumprida nos últimos anos. A ausência de um Plano Diretor para a cidade tem nos colocado ao sabor de políticos oportunistas e salvadores da pátria que não enxergam nada além do próprio umbigo. Verbas do Estado que são dirigidas para o nosso Município são aplicadas em obras que podem comprometer o nosso desenvolvimento, quando não, são executas com péssimo padrão técnico e duvidosa qualidade dos materiais empregados.

O momento que vivemos é de uma crueldade jamais experimentada ou imaginada por todos aqueles que investiram os seus sonhos e acreditaram em Ubatuba.

Aos empregadores impõem-se a premência de dispensar os empregados, cortando custos e destruindo famílias para evitar a própria destruição.

Aos pais, o desespero de constatar a total falta de oportunidades saudáveis para seus filhos.

Aos chefes de família, o sentimento de impotência frente a crescente violência e falta de segurança que se impôs em nossa comunidade.

E o desespero maior, de constatar que todos os políticos que se sucederam nesses últimos 20 anos nada ou pouco se importaram em alterar o momento negativo que se arrasta.

Não basta se curvar a argumentos que debitam à conjuntura nacional o momento que vivemos. Todos nós sabemos que muitas atitudes Municipais podem ser fundamentais na reversão do quadro que se apresenta. Elas devem ser tomadas com urgência e independente de qualquer rumo político partidário. Neste momento, a questão crucial é a sobrevivência. E isso exige mudanças. Este é o momento da mudança. Não pode ser outro. É chegado o momento de nós geradores de empregos, seja você, pequeno, médio ou grande empresário, ou seja você, um solitário autônomo prestador de serviços. Agora é o momento de começarmos a colocar fim à penúria que se impôs em nossa cidade. E a grande mudança será a nossa união e que o próximo prefeito a ser eleito em outubro nos respeite e nos devolva a dignidade que aos poucos foi-nos roubada.