É triste pensar que dignidade, competência, vida impoluta, bons exemplos que só se acumularam mereçam sofrer tentativa de desconstrução violênta e injusta. Aqui em Ubatuba temos uma decisão que afeta, momentaneamente, a vida familiar de pessoas de bem. O objetivo ajuizado, tudo indica, s. m. j., é enxovalhar parâmetro que deslustra os ’feitos’ dos de costume. O grande crime? Uma vida que culminou com excelente administração da Secretaria de Educação do mandatário municipal anterior. O açodamento em tentar colocar biombo a esta realidade pujante parece identificar o objetivo da mesquinharia ora intentada. Como exigir-se responsabilidade em compra de quem nunca teve a competência de comprar e nunca comprou? Como exigir-se responsabilidade por processo de compra de quem nunca teve competência de elaborar processos de tomada de preços, análise de ofertas e outros que tais? O que as pessoas de bem esperam é que o cometimento tenha curto sucesso. Indícios da alicantina (astúcia, manha, trapaça, treta): em "press release", que se imagina do poder atual, publicado dias passados neste veículo, alardeia-se mentirosa notícia de que digno M. Juiz ali nominado teria assinado medida liminar. Até se entende, pela violência da decretação, que se queira confundir a autoria de tão controversa determinação. Transformam o ilustre magistrado ali nomeado em verdadeira Viúva Porcina, "... aquela que foi sem nunca ter sido". Explica-se: o M. Juiz nomeado como autor da determinação é substituto de outra Vara, diversa daquela onde está correndo o processo. Em síntese, a determinação judicial em foco foi dada por M. Juíza, de outra Vara. É ato falho da maior importância que denuncia, pela simples análise de sua grosseira impropriedade, que o "affaire" ’sub judice’, incorpora fim malicioso, objetivando efeitos não contemplados na lei, na moral e na ética. O objetivo que se intenta neste sinistro expediente é denegrir a honra e a dignidade de velho professor desta cidade que vem educando e formando várias gerações de brasileiros há 45 anos. Deste mestre a única observação negativa que se pode obtemperar (dizer em resposta com humildade e modéstia; ponderar) é a segurança e a monótona constância de serenidade, dignidade e competência com que sempre exerceu seu magistério. Esta monotonia não lhe permitiu os altos e baixos que vivem a maioria de nossos políticos. Como professor e vivente teve a mediocridade de sempre agir em linha reta, com a tranqüilidade dos justos. Contentou-se com simplesmente ensinar, dar seu exemplo de vida, sempre sereno no cumprimento de seu mister. Veio de longe, já com formação cultural, profissional e moral, adotando Ubatuba para semear os grãos da cidadania e da ética. Estas sementes germinaram por inúmeras gerações que hoje se indignam, ainda silenciosamente, com a ignomínia que submetem o PROFESSOR CORSINO. Aqui criou família; aqui criou história de proficiência e honradez. Hoje, septuagenário, acaba de, por quatro anos, ter feito a melhor administração de secretário de Educação do município, sem demérito para outros que exerceram o cargo com proficiência. Vive cercado do carinho e respeito da companheira, filhos e neta, bem como do cálido e respeitoso calor dos amigos e admiradores que granjeou por quase meio século de transparente vida e atuação profissional. Construiu ao longo deste tempo modesto patrimônio e imenso reconhecimento da comunidade. Para atender seus compromissos econômicos sempre trabalhou: não tinha cornucópia (vaso corniforme que se representa cheio de flores e frutos) e mágica arca donde tirar para pagar o que devia. Neto de agricultor e filho de notário na Espanha, desde cedo aprendeu o valor do trabalho e da verdade. Formou seus filhos nos mesmos princípios. Assim, em face do acima e do testemunho de quase 50 anos de vida aberta e profícua junto à Ubatuba, educando e administrando seu magistério e vida pessoal e familiar com dignidade ímpar, há que dar aqui, neste momento de injustificadas angústias, ao Amigo e seus familiares, a solidariedade que ele é credor. FORÇA PROFESSOR CORSINO. Roberto de Mamede Costa Leite r-mamede@uol.com.br
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