Entre coleta e resultado, o teste rápido de HIV (o vírus da aids) demora 15 minutos, segundo o Ministério da Saúde. A consulta - que, além do diagnóstico, também envolve aconselhamento - dura de 30 a 45 minutos. Pelo exame convencional, o tempo entre a coleta do material e a entrega do resultado é de 13 dias. Segundo a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do ministério, Mariângela Simão, 30% das pessoas acabam não buscando o resultado, pois isso representaria a perda de mais um turno de trabalho e gastos com transporte. Em entrevista à Agência Brasil, Simão destaca que o diagnóstico precoce do vírus HIV é importante tanto para a saúde pública, de forma a prevenir a transmissão, como para a saúde de quem tem o vírus. "O soropositivo é monitorado três a quatro vezes por ano dentro do Sistema Único de Saúde, o que garante intervenção médica adequada na medida em que baixa a imunidade", esclarece. Dia 8, no lançamento de campanha para popularização do teste rápido em Curitiba (PR), mais de 9 mil pessoas se consultaram, segundo o Ministério da Saúde. Até agora o teste rápido de aids era utilizado para atender populações que residem em áreas de difícil acesso, principalmente no Amazonas, e em gestantes que não fizeram teste anti-HIV no pré-natal. A meta do governo federal é oferecer esse tipo de diagnóstico nos centros de testagem e aconselhamento (CTAs) de todas as capitais brasileiras até julho. Atualmente, os cerca de 400 CTAs do país e algumas unidades da rede básica de saúde realizam os testes convencionais. Mariângela Simão destaca que o teste rápido ainda não é amplamente utilizado devido ao seu custo - cada kit custa R$ 17, contra R$ 3,50 no teste convencional. Parte dos testes é importada e parte fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Universidade Federal do Espírito Santo. "Para utilização em massa o custo ainda é elevado, mas a tendência, que já se verifica internacionalmente, é baixar", avalia.
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