Visual capenga, administração...
Luiz Moura | |
Diariamente topo com o triste quadro retratado acima. A proximidade do prédio atualmente ocupado pela Secretaria Municipal de Turismo, confirma que a administração PL + PT convive, tranqüilamente, com a situação por ela criada. Se o projeto da feirinha de produtos afins tivesse, realmente, sido discutido com a comunidade e o processo conduzido por político hábil assessorado por profissionais competentes, uma solução conjunta e satisfatória teria sido encontrada e este absurdo (afinal temos a pretensão de transformar Ubatuba em uma cidade turística) não existiria. Quando a imposição é o método utilizado para "dominar" a comunidade, surgirão, mais dia menos dia, ações contrárias à subjugação. O arquiteto Renato Nunes, escolhido pelo prefeito de Ubatuba como cidadão detentor de notório saber sobre a realidade do Município, para compor o Conselho Municipal de Desenvolvimento (CMD), é autor do artigo "A fêrinha Ripi e a mudança de cabeças" onde descreve o nascimento do espaço comercial. Também subscreve texto intitulado "É crime sim, e vem de longe" que informa sobre os quase 14 metros de altura previstos no projeto de cobertura da feirinha (para ler os textos referenciados, clique nos links em azul) de autoria do primeiro secretário de Arquitetura e Urbanismo (atual Secretaria Municipal de Arquitetura e Planejamento Urbano) do governo Eduardo César. Os administradores de plantão deveriam dar atenção às palavras do arquiteto Renato Nunes. Elas ainda martelam em minha cabeça: “Com que direito alguém poderia pensar em pagar os votos recebidos em caráter pessoal com privilégios urbanísticos que comprometem um bem coletivo?” Com estranheza li a matéria publicada no jornal A Cidade (página 3 da edição de 08 de abril de 2006), onde o prefeito de Ubatuba afirma ter prometido aos feirantes que, se eleito, tudo faria para implantar a cobertura da feirinha existente na orla da praia de Iperoig. Igualmente soam estranhas e temerárias as afirmações do secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura que, na ânsia de ajudar quem o nomeou, me parece, atiça os feirantes contra outras pessoas quando nelas coloca a culpa pela não realização de suas (dos feirantes) aspirações. Ignorante, o secretário afirma ter "sido o projeto elaborado dentro da melhor técnica, inclusive com cálculo estrutural" sic. Para também não ser taxado de ignorante na matéria, não questionarei a ética de um profissional discutir e divulgar questões sub judice e de seu interesse. Tenho a impressão que os envolvidos acham que a comunidade interessada é composta apenas pelos feirantes, esquecendo-se que o projeto que se pretende executar afetará toda a cidade de Ubatuba.
|