Originário da América do Sul, o tomate já foi considerado venenoso ou afrodisíaco. Apropriado pelos italianos, tornou-se irresistível combinado às massas. Na receita do restaurateur Walter Mancini, tradição e bons ingredientes dão o toque de sucesso. Não são muitos os que conhecem a história do tomate e suas descobertas. Mas contam os livros que ele foi encontrado pela primeira vez em terras sul-americanas, mais precisamente no Peru e no Equador, durante o período das colonizações. As primeiras espécies trazidas do Novo Mundo eram amarelas, o que lhes rendeu o nome em italiano de "pomod´oro" (maçã dourada). Das naus européias para o mundo, os tomates levaram tempo para conquistar a confiança da chamada civilização. Considerado inicialmente venenoso, o legume caiu nas graças da sociedade européia após ser reinventado pelos italianos, que tiveram a brilhante idéia de transformá-lo em molho para suas massas. No entanto, levou mais de um século para que o consumo do tomate se firmasse no mundo, embora na Itália ele já fizesse parte das receitas culinárias desde o século XVII. Segundo Walter Mancini, proprietário do Famiglia Mancini, do Walter Mancini Ristorante e da Pizzaria Avanhandava - três dos restaurantes italianos mais consagrados da capital paulista - o uso do tomate tornou-se irrevogável. "Atualmente não há quem duvide que uma boa massa só é possível com um molho convincente", aposta. Além de conceder benefícios ao paladar, já se sabe que o tomate contém elementos que fazem bem à saúde, como vitaminas A e C, ácido fólico, cálcio, frutose, potássio e sais minerais. Composto basicamente por água, ele também não é um problema para quem está de dieta: são aproximadamente 14 calorias em 100 gramas. Há estudos que ainda comprovam sua eficácia no combate a diversos tipos de câncer. Nesta receita, revelada por Walter Mancini, o molho à napolitana é o personagem principal, preparado com tomates sem pele e sem semente, e extrato de tomate. Vale ressaltar que foram os italianos os responsáveis pelo advento do tomate enlatado, como forma de conservar a hortaliça. Daí surgiram o concentrato (extrato), a polpa (pedaços), a passata (suco espesso) e o pomodori pelati (tomates pelado). Para acompanhar o molho, um delicioso Spaghetti à siciliana, preparado com filé mignon, manteiga, azeitonas pretas, alcaparras e salsinha. Bom apetite! Para quem vier à capital paulista, o Famiglia Mancini serve o prato para duas pessoas, a R$ 62,00. A casa fica no centro da cidade, à Rua Avanhandava, 81. Bem ao lado, encontram-se o Walter Mancini Ristorante e a Pizzaria Avanhandava, casas que consagram Mancini como um bem-sucedido empresário e exímio anfitrião. Spaghetti à siciliana 2 pessoas
Ingredientes 250 g de spaghetti 300 g de filé mignon 1 colher de sopa de manteiga 1 colher de sopa de cebola picada 10 azeitonas pretas 20 alcaparras Salsinha picada Molho à Napolitana 6 tomates grandes e maduros 1 colher de sopa de manteiga 1 colher de sopa rasa de cebola picada 3 dentes de alho picados 1 colher de sopa de extrato de tomate sal a gosto Modo de preparo Cozinhe a massa al dente com bastante água e 1 fio de óleo. Escorra e reserve. Corte em tiras o filé, tempere com sal e coloque para refogar em uma frigideira com 1 colher de sopa de manteiga e 1 colher de sopa de cebola picada. Quando a cebola estiver dourada, reserve. Em uma panela coloque 1 colher de manteiga, 1 colher rasa de cebola picada, 3 dentes de alho; refogue até a cebola dourar. Em seguida ponha os tomates picados sem pele e sem caroços e 1 colher de sopa de extrato de tomate. Misture tudo e deixe cozinhar em fogo brando por 10 minutos com sal a gosto. Acrescente a esse molho o filé em tiras refogado. Sirva em uma travessa colocando o spaghetti primeiro e depois o molho. Enfeite com azeitonas, alcaparras e salsinha e bom apetite.
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