Sr. Presidente, Meu nome é Carlos Augusto Rizzo, moro em Ubatuba há 25 anos. Estou aqui por conta das calunias, infâmias e imoralidades proferidas por Jorge Elias da Guarda. Infelizmente, no exercício do meu direito de resposta, sou obrigado a usar deste espaço público para deslindar o emaranhado de mentiras que esta pessoa vem distribuindo contra mim e o meu trabalho desde maio de 2005. Da fala dele, fiquei sabendo que está há quatro anos e pouco em Ubatuba, vou me ater igualmente a apenas quatro anos das minhas atividades culturais para mostrar quem, na verdade, é o encrenqueiro e o entrave na Cultura de Ubatuba. De 2002 para cá sou responsável direta ou indiretamente pelos lançamentos desses quatro livros: Vocabulário tupi-guarani; O Falar Caiçara, Pirão 2004 e Checklist to birdwathing. E dos Cd’s - Meu Bairro tem História; Diário de navegação da Canoa Maria Comprida; Ubatuba de Felix Guisard e Gastão Madeira dos pássaros ao avião. Todos esses trabalhos são referencias bibliográficas em diversos livros e teses universitárias sobre a cultura caiçara. Ao todo somo mais de 4.000 exemplares entre vendidos e doados. São trabalhos que sedimentam a minha crença que a arte e a cultura são amalgamas na construção de um mundo solidário e que ofereço como colaboração sem esquecer o simples operário que sou. Sou fundador da Confraria dos Escritores de Ubatuba e do Movimento Pirão Geral. Um verdadeiro alento à vida cultural da cidade. Sou fundador da Associação dos Escritores do Litoral Norte Paulista na qual sou vice-presidente. Sou membro fundador e também tesoureiro, no segundo mandato, do nosso Museu Caiçara. No grupo Ubatuba Viva, reconquistamos o prédio do Fórum, que o Município havia perdido para a Cetesb e firmamos o compromisso de todos os candidatos a Prefeito para transformá-lo em espaço cultural. Jorge Elias não morava em Ubatuba quando comecei a escrever para o jornal “A Cidade”. Não estava aqui quando comecei a publicar no Litoral Virtual, por isso vilipendia meu trabalho como colunista “n’O Guaruçá” onde comecei a escrever somente em 2004 e todos os meus textos estão lá a disposição de qualquer pessoa que queira saber como eu penso, respeito e luto por um futuro melhor para Ubatuba. Dos 140 trabalhos publicados no Guaruçá já alcancei a marca de 12.000 acessos, são crônicas e artigos de interesse histórico, cultural, social e sobre pássaros. Estes últimos são referências nos maiores sites internacionais e dentre as minhas crônicas tenho duas premiadas pela Secretaria de Estado da Cultura. Meu trabalho no ano passado inseriu positivamente o nome de Ubatuba nos principais jornais regionais, estaduais, nacionais e um artigo internacional na Hummingbird Magazine dos Estados Unidos. Meu trabalho gerou mídia eletrônica na TV Record, na TV Mundial, na TV Rede vida, na TV Povos dos Mares, na TV Aparecida e na TV Vanguarda, sempre levando positivamente o nome de Ubatuba. Enquanto isso, Jorge Elias freqüenta o judiciário de Ubatuba com processos de danos e alucinados boletins de ocorrências na Delegacia de Polícia local, provocando esta cizânia nunca vista na vida cultural de Ubatuba. Sou conselheiro da Fundart – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba e devo lembrar que as reuniões ordinárias e extraordinárias são marcadas, todas, após as 18 horas, respeitando todos os profissionais que compõe o Conselho e reforçando o sentido voluntário da função que exercemos. Maliciosamente Jorge Elias omite este fato e desconhece que, no ano passado tivemos perto de 30 reuniões do Conselho que normalmente vão além das 22 horas. Acrescento ainda meu trabalho voluntário, no segundo mandato, como coordenador no setorial de História e Geografia. Este é um tempo e trabalho, que pago com dinheiro do meu bolso, com o sacrifício do convívio com a minha família e não com dinheiro público como maldosamente fui acusado. Respeito sinceramente todos os integrantes do Conselho Deliberativo da Fundart, todos são igualmente pessoas inteligentes, íntegras e comprometidas com a comunidade, repudio com veemência a pecha de hesitantes e sem caráter imposta por Jorge Elias quando os acusa de votarem de acordo com a vontade de um ou de outro conselheiro. Ao contrário dele que diz, com orgulho, não ter inimigos, meu orgulho é pelos amigos que conquisto. Desde os primeiros caiçaras que pude desfrutar da amizade e do convívio, e todos os outros caiçaras que fui agraciado com a amizade. Tenho orgulho da amizade e respeito das principais autoridades e dos principais comerciantes desta cidade nos últimos 30 anos. Todos que me conhecem sabem que não faço distinção de sexo, raça, posição social, poder financeiro, religião ou qualquer outra opção ideológica que a pessoa tenha para a vida dela. Só não tenho paciência com a falta de caráter, a canalhice e a velhacaria de algumas pessoas. Tive um único contato fora da vida profissional, com Jorge Elias, foi quando ele ainda era funcionário da Fundart e justo na época que ainda estávamos analisando os projetos para 2005. Seus elogios à minha profissão, e os elogios em profusão aos meus trabalhos à minha pessoa, chamaram a minha atenção, pois ele mesmo reconheceu jamais ter visto qualquer trabalho meu. Encerrei ali qualquer outro contato pessoal, e nossa diferença só fez aumentar depois que o projeto dele foi recusado pelo Conselho. Não o tenho como inimigo apesar dos prejuízos que insidiosamente vive tentando me provocar. Não cultivo o sentimento de inimizade, nem contra ele ou contra qualquer outro desafeto que eu tenha ou que venha a ter. Agradeço de público ao Jorge Elias por me chamar de funcionário abelha, ele foi justo ao me associar ao melhor exemplo do reino animal em organização social, trabalho e abnegação, o que me diferencia ainda mais da pessoa dele, que só encontrou identidade com a fauna intestinal descrita em um de meus artigos. No meu livro “O falar caiçara”, lançado aqui nesta Casa de Leis, encontramos três verbetes com a palavra “bicha” e em nenhum dos verbetes encontramos a conotação dada por Jorge Elias. Gosto de escrever textos usando o humor, e este último, Coisas de bicha é uma crônica bem humorada com aquelas expressões caiçaras, envolvendo a medicina e a saúde. Em nenhum momento, em nenhuma frase, direta ou indiretamente se encontra no meu texto, qualquer conotação sexual que justifique a extravagante identificação dada por ele. Quando Jorge Elias, com chapa única, perdeu a primeira eleição, acusou a Fundart de fraude e procurou a Justiça com pedido de liminar. Perdeu na Justiça também. Ele sabe disso e continua polemizando, mentindo e maldizendo o que a Justiça já indeferiu e deu um ponto final. Faz pior quando joga lama sobre os funcionários da Fundart, seus antigos colegas de trabalho, ele sabe que todos são trabalhadores honestos e mais competentes no exercício da harmonia no ambiente de trabalho. Façam as contas de quantas notícias negativas, contra Ubatuba, Jorge Elias da Guarda gerou por conta da sua exacerbada egolatria e vaidade. Ainda bem que ele está há apenas quatro anos em Ubatuba e lembrem-se, que tudo que falei do meu trabalho foram também apenas dos meus últimos quatro anos de atividades culturais. Para finalizar, quero mostrar esta notícia positiva que também saiu na mídia regional e deixo que os senhores concluam quem é o tumor maligno, quem é o encrenqueiro, o travador da cultura e o pernicioso cidadão. Obrigado a todos e boa noite. Nota: O "Direito de resposta" acima foi proferido na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Ubatuba, na noite de ontem, 21, em resposta às falsas acusações feitas pelo Sr. Jorge Elias da Guarda, na Tribuna Popular, no dia 07 de março de 2006.
Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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